Dr Jota Moreira
Em Cuiabá (MT), nesta terça-feira, 23/09, durante o encerramento do evento Coopera + MT, o vice-governador Otaviano Pivetta afirmou que o governo estadual tem aplicado recursos estratégicos em educação, saúde e infraestrutura para estimular o crescimento em todas as regiões — pilares que, segundo ele, viabilizam o cooperativismo como vetor de desenvolvimento para famílias e municípios historicamente negligenciados.
No palco do 2º Coopera + MT, realizado pelo Sistema OCB/MT e Sescoop/MT, Pivetta detalhou que sua gestão vem entregando escolas completas, renovando material didático, construindo novos hospitais e reformando unidades regionais, além de expandir obras de infraestrutura que interligam municípios. Ele enfatizou que essas iniciativas não são meramente simbólicas, mas fundamentais para ampliar a capacidade produtiva e reduzir desigualdades no estado.
Para o vice-governador, o cooperativismo emerge como instrumento institucional para internalizar ganhos econômicos e garantir distribuição mais justa de renda: “Temos 182 cooperativas registradas em Mato Grosso, cada uma com potencial de atuação regional forte; nosso desafio é criar ambiente institucional sólido para que essas entidades prosperem e contribuam para o desenvolvimento social”.
Pivetta também defendeu que a ação estadual precisa articular-se com políticas federais e programas municipais, criando uma “rede de cooperação” institucional. Segundo ele, sem a convergência entre níveis de governo, as iniciativas correm risco de fragmentação ou de não atingir os municípios mais vulneráveis.
O evento reuniu cerca de 500 participantes — lideranças de cooperativas, gestores públicos, cooperados, representantes do Sistema OCB/MT e Sescoop/MT — e teve como destaque o lançamento oficial do Anuário do Cooperativismo Mato-grossense 2025, documento que mapeia dados econômicos, sociais e de governança do setor no Estado.
Embora o discurso governamental tenha sido bem recebido, analistas alertam que promessa política precisa se traduzir em ação sustentável: obstáculos como rigidez burocrática, falta de continuidade entre mandatos, desigualdade geográfica e limitações técnicas municipais são barreiras que exigem estratégias adaptadas e monitoramento institucional.
Dados recentes do setor cooperativista em Mato Grosso consolidam a relevância do tema: em 2024, o cooperativismo no estado contava com cerca de 1,8 milhão de cooperados e movimentou R$ 47,95 bilhões em ingressos, gerando mais de 15 mil empregos diretos em diversas cadeias produtivas.