A CPI, composta pelos vereadores Ranalli, Maysa Leão e Dilemário Alencar, já contabiliza mais de 200 dias de trabalho
Jota Moreira
Da Redação
Foi instalada uma CPI na Câmara Municipal de Cuiabá em 10 de fevereiro de 2025 para investigar a Parceria Público-Privada firmada com a CS Mobi, empresa responsável pelo estacionamento rotativo, e que vigora por 30 anos. A presidente do Legislativo municipal, Paula Calil (PL), reafirmou nesta quinta-feira (25/9), ao revelar intenção de conclusão até 10 de outubro, que a comissão entregará “respostas claras, sem deixar pontas soltas”, abordando legalidade, obrigações da empresa e impactos para os cuiabanos.
A CPI, composta pelos vereadores Ranalli, Maysa Leão e Dilemário Alencar, já contabiliza mais de 200 dias de trabalho intenso: análise documental, oitivas, auditorias internas e debates jurídicos. Paula Calil garantiu que todas as etapas estão sendo respeitadas, e que o relatório final será encaminhado às autoridades competentes, com recomendações que poderão incluir medidas administrativas ou judiciais.
Entre os pontos sob investigação, estão o repasse mensal fixo de R$ 650 mil da Prefeitura à CS Mobi, previsto pelo contrato — independentemente do desempenho operacional da empresa —, a modernização do Centro Histórico, e a entrega do Mercado Municipal Miguel Sutil, com prazos e qualidade ainda contestados.
Cuiabá
Recentemente, em sessão da CPI, um ouvinte teve o celular apreendido durante a reunião ao filmar os trabalhos, gerando tensão e debate sobre a transparência dos atos públicos. O gerente-geral da CS Mobi faltou à convocação formal, justificando-se por meio de nota oficial. O prefeito Abílio Brunini (PL) também prestou depoimento.
Paula Calil enfatiza que a comissão trabalha “sem ruído” e com acompanhamento jurídico criterioso. O prazo para encerramento da CPI, cuja vigência inicial foi prorrogada, é 10 de outubro; após isso, o relatório final será apresentado à população e às autoridades competentes.
Dados atualizados: A capital cuiabana é atualmente estimada em 691.875 habitantes (2025), segundo o IBGE, o que torna ainda mais relevante que contratações de longo prazo como essa sejam fiscalizadas, dado seu impacto fiscal direto na gestão municipal.