Jota Moreira
Da Redação
| A capital mato-grossense registrou um início marcante no funcionamento do novo Centro Médico Infantil (CMI), que entre os dias 19 e 26 de dezembro de 2025 contabilizou 560 atendimentos pediátricos — um indicador que consolida a unidade como referência no atendimento exclusivo às crianças em Cuiabá.
O balanço divulgado pela direção da unidade mostra que a média diária de atendimentos supera expectativas e evidencia a alta demanda por cuidados pediátricos especializados na rede pública municipal. Só no primeiro dia, foram registrados 77 atendimentos, seguidos por picos de 91 e 84 atendimentos em datas subsequentes, refletindo o fluxo intenso desde a abertura.
Para a secretária municipal de Saúde, Danielle Carmona, os números confirmam a necessidade de um espaço exclusivo para a atenção infantil na rede de saúde pública. Segundo ela, o CMI representa um avanço na organização dos fluxos de atendimento e fortalece a assistência humanizada e qualificada às crianças cuiabanas.
Entregue oficialmente ao público no dia 18 de dezembro, após obras retomadas em janeiro de 2025 por determinação do prefeito Abilio Brunini, a nova unidade foi projetada para desafogar os serviços de urgência e emergência da cidade e ampliar a resolutividade nos atendimentos pediátricos.
Com estrutura moderna e ambiente acolhedor, o CMI conta com 28 leitos, seis consultórios médicos, duas salas de triagem e setores de classificação de risco, além de espaços especializados como sala de curativos, exames laboratoriais, isolamento e núcleo de regulação. A ambientação lúdica foi pensada para reduzir o estresse de crianças e acompanhantes durante o atendimento.
Um dos diferenciais da unidade é o atendimento odontológico pediátrico 24 horas, com consultório preparado para emergências e assistência especializada a crianças com necessidades especiais — um serviço que amplia a oferta de cuidados especializados e contínuos no município.
Segundo dados do IBGE, existem no Brasil cerca de 18,1 milhões de crianças entre 0 e 6 anos de idade, representando 8,9% da população brasileira, cuja garantia de acesso a serviços básicos de saúde é um componente essencial da política pública. Ademais, pesquisas indicam que 82,9% das crianças brasileiras menores de 13 anos foram atendidas pelo menos uma vez em serviços de atenção primária à saúde, o que ressalta a importância de unidades especializadas como o CMI para suprir demandas além da atenção básica.